Ouse sair da média…
Ouse ser um pouco mais criativo e se mostrar diferente.
Ouse…
Arrisque pagar este preço…
O que acontece?
Os mais próximos irão desprezar você. Há um mecanismo muito inconsciente e reativo que faz com que eles se sintam “traídos’ ao ver o sucesso e brilho surgir na vida de outro.
As mais variadas contradições irão te visitar.
A solidão acaba por ser uma dor e proteção da genialidade.
Ver o filme “Rocketman” que mostra a vida de Elton John, me fez lembrar da frase: “A dor é o escritório dos gênios.”
Uma dor que vem da primeira infância de muitos deles e é recapitulada nas relações que vai construindo ao longo da vida.
O enredo apresenta mutos pontos semelhantes com o filme biográfico de Fred Mercury exibido recentemente. A presença do interesseiro como parceiro amoroso, é um aspecto que chega a assustar, e que evidencia a sombra que ronda as nossas relações. Esta obscura e perversa humanidade.
Existe um surpreendente lado ruim em ser inteligente, criativo ou não convencional.
Estes dias por ver tantas situações semelhantes, me lembrei da história: “Uma é a glória do Grande Orpheu e outra é a glória de Orpheu.”
O Grande Orpheu. Ele era poeta e médico, filho da musa Calíope e de Apolo. Era o poeta mais talentoso que já viveu. Quando tocava sua lira que seu pai lhe deu, os pássaros paravam de voar para escutar e os animais selvagens perdiam o medo. As pedras mais descomunais dançavam com sua música. Foi ele fundamental nas aventuras dos argonautas quando conseguiu silenciar as sereias e salvar a tripulação através da música e conquistou o coração da linda e encantadora ninfa Eurídice.
No entanto perdeu a amada no dia do casamento. Ela acabou sendo picada por uma serpente enquanto fugia de outro pretendente. Orpheu com sua música, quase conseguiu resgatar Eurídice do inferno e trazê-la a vida, mas estando já quase na saída do mundo inferior, desobedeceu um dos combinados que fez com Perséfone a rainha dos infernos e viu sua amada noiva, ser tragada definitivamente pela escuridão. Vagou solitário no mundo tocando sua música e despertou tamanha ira nas mulheres com as quais recusou relacionar que foi morto e despedaçado, tendo sua cabeça lançada em um rio… Esta foi a glória do Grande Orpheu.
Mas existiu também o pequeno Orpheu, que tocava muito mal a sua lira e até os bichos se afastavam por tão dissonante que era a melodia. O Pequeno Orpheu, casou com sua amada, que de longe era tão linda como Eurídice, e morreu bem velho, ao lado dos seus.
Uma é a glória de ORPHEU, outra é a glória de Orpheu.
“A inveja é uma das manifestações mais comuns da sombra do ser humano. Ela tem como raiz uma baixa autoestima e uma autoconfiança débil.
Ao invés de tentar curar-se o invejoso tenta mirar seu olhar para alguém que possui algo que ele, na visão distorcida que tem de si mesmo, julga lhe faltar: Beleza, amor, coragem, sensibilidade, sucesso ou dinheiro.
Geralmente a relação do invejoso com sua vítima começa com admiração. Mas aos poucos ele vai sendo dominado de tal maneira por sua patologia, que passa então a tentar imitar ou copiar os talentos e dons do outro, ou a querer algo que supostamente aquele outro possui.
Sua ação é camuflada por sua falsa máscara de bondade. Mas também pode expressar-se de maneira explicitamente negativa através da crítica, da competição, da fofoca e da maledicência.
A inveja é uma das expressões da doença que Wilhelm Reich definiu como peste emocional. Valores como amizade, sinceridade, ética, lealdade e respeito pelo sentimento alheio, inexistem para o invejoso.
Ele sofre de um distúrbio de caráter, e age de modo inconsequente, pois é completamente direcionando pelo egoísmo e individualismo. É um vampiro energético que busca roubar a luz alheia, pois vive na escuridão.
Mas como tudo que é falso, não tem duração no tempo a sua ação. Mais cedo ou mais tarde é desmascarada e a verdade se impõe de forma inexorável pela justiça da vida.
Ainda que seja doente, não há como ter complacência com esta espécie de pessoa, é preciso eliminá-la de nossa vida de maneira radical, como fazemos com as ervas daninhas evitando que elas envenenem o jardim – (Elizabeth Cavalcante – Somos Todosum)
“Uma pessoa tem que ser as vezes capaz de não ser gentil. Grande bondade é a capacidade de ser gentil e de não ser, ambos. Grande bondade é a capacidade de ser duro também.
Se a sua bondade é tal que você não pensa ser de outra forma, então não é força, é fraqueza. Se você não pode agir de outra forma, isto significa simplesmente que você está fixado, você não é fluido, às vezes é necessário ser duro.” – Osho