Este vídeo não é de ontem… (11 de Setembro de 2025 dia em que um Julgamento unia a atenção de toda uma nação e do mundo)
Vou te contar.
Hoje bem cedo (dia 12), estava vendo o belo trabalho de ritmos de Julio Pimentel em Roterdã, em um projeto intitulado “Malabarista da Percussão”, e enquanto desfrutava de sua página, vi este vídeo postado no dia 3 de setembro, que talvez seja ainda mais antigo, em que um homem que, pela semelhança física e de habilidades, talvez seja seu pai, dá um show de ritmo, alegria e criatividade, com um batuque no corpo e caixinha de fósforo. Aquela expressão de surpresa veio de súbito. O agora beijou a eternidade neste instante… E muitas camadas de sincronicidade, espanto, mistério e ritmo pareciam se manifestar. Uau!!! Teria sidoproposital esta equivalência e riqueza de detalhes!
A Sincronicidade aponta que situações assim acontecem alheias a qualquer controle e por vezes a atenção captura.
Este batuque que lembra os ritmos da capoeira me trouxe à lembrança as tradições de matrizes africanas com suas viagens sutis ao ritmo de tambores, a sabedoria mântrica revelada aos ocidentais pelos yogues indianos, a percepção ampliada de Jung ao falar do inconsciente coletivo… O mistério infinito surge como um flash mais rápido que a chama do fósforo que aparece no início do vídeo. Jung sugeria que há uma conexão mais profunda entre as coisas e que podemos acessar essa conexão através da introspecção, percebendo que esses eventos sincronísticos não são apenas coincidências, mas sim uma manifestação da unidade subjacente do universo.
É fundamental evitar explicações ou definições do que surge e sustentar o maravilhamento misterioso e curioso que revela, repetidamente, “que há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã filosofia”. O autoconhecimento não se limita ao trabalho terapêutico de aliviar dores e superar disfuncionalidades. Isso é essencial, mas é apenas o começo… O autoconhecimento é aceitar o convite para ouvir a música silenciosa que une todas as coisas, ser a testemunha, o instrumento, o músico… A excelência exige afinação e atenção a cada nota. A inconsciência é um grande ruído que nos deixa negligentes nessa infinita orquestra.
Independente da opinião do Sr. que fez o batuque em um dia que já não existe mais, ou de quem escreve este texto, ou quem lê… Estas ‘não coisas’ que desobedecem a lógica, quase sempre fazem surgir um Uau!