Acordei hoje e vi este vídeo. Ri demais com a criatividade e precisão.

Veja você também.

Mas enquanto o riso corria solto, alguns ponderamentos iam surgindo. Pois esta é uma questão séria. A história da Humanidade é repleta de “Imitoses coletivas,” que geraram resultados devastadores.
Alguém duvida?
Sobre esta foto aí nem precisa comentar…

A imitação é um comportamento muito comum em nossas vidas. Existe uma programação biológica para imitar aquilo que admiro, ou para sentir inclusão, receber afeto e suprir carências.

Fazemos isso na maioria das vezes  na total inconsciência. Nos dizemos feministas, de direita de esquerda, empreendedores,  escolhemos estilos de vida, selecionamos lazeres, atividades, profissão,  parceiros sexuais e etc., Muitas vezes por mera IMITAÇÃO das figuras que admiramos, que nos inspiram em nossos planos de realização, ou simplesmente que se tornam maioria no contexto social.

Filhotes mamíferos imitam seus pais, líderes. Na alcateia os lobinhos imitam o comportamento dos adultos e principalmente do lobo e loba dominante. A natureza nos programou com esta perspectiva para garantir a sobrevivência e aprimoramento das espécies.  É um automatismo que esta lá nas estruturas mais antigas do nosso sistema nervoso e não adianta um discurso filosófico de que você tem a mente “fora da caixa”,  e faz livremente todo o tempo suas escolhas.
Na primeira infância, os pais são modelos de imitação. Na adolescência o grupo de amigos e parece que agora estamos diante de um novo fenômeno digno de pesquisas. A imitação promovida na rede social.  O “Copie e cole  #qualquer coisa”, por vezes tem perfis epidêmicos e sem sentido.
Recentemente comecei a ver linchamentos virtuais que antes aconteciam com famosos e políticos, começarem a acontecer com pessoas comuns. Eu um dos grupos onde o tema  surgiu, verifiquei que várias pessoas haviam participado de tais movimentos, sem nenhuma explicação.
Na psicologia, usa-se por vezes o nome de histeria coletiva (também conhecidos como a doença psicogênica de massa) a estes surtos que acontecem quando um grupo de pessoas passa a ter sintomas, perturbações ou reações semelhantes, de forma solidária a qualquer fato, imaginário ou exagerado.
As técnicas de neuromarketing, o uso de mensagens subliminares, as estratégias de engajamento coletivo, são temas cada vez mais pesquisados e utilizados por uma multidão que deseja seguidores e clientes.
A repetição pode ser experimentada nos comportamentos, emoções e até na forma de pensar e ver o mundo.
Existem muitos relatos bem impressionantes destas “imitoses” como por exemplo:

A epidemia de riso na Tanganyka

em 1962 foi um surto inexplicável de histeria em massa que se acredita ter originado perto da aldeia de Kashasha, na costa ocidental do Lago Vitória, na atual Tanzânia, perto da fronteira do Quênia. É possível que, no início do incidente, uma piada contada em um colégio fez com que um pequeno grupo de alunos começasse a rir.
O riso se perpetuou e várias pessoas em cidades ao redor estavam rindo descontroladamente. A escola a partir do qual a epidemia surgiu foi desativada. Outras escolas em outras aldeias que compreendem milhares de pessoas também foram afetadas. De 6 a 18 meses depois de ter começado, o fenômeno passou. Os seguintes sintomas foram relatados em uma escala igualmente massiva: dor, desmaios, problemas respiratórios, erupções cutâneas, e ataques de choro.
Outro exemplo, assustadoramente curioso:

A Dança da Morte em 1518

Um caso de histeria de dança incontrolável surgiu em Estrasburgo, na França. Fao Troffea, uma moradora da região, começou a dançar na rua, aparentemente sem motivo e sem qualquer música tocando.
Relatos dão conta de que seus passos fervorosos duraram entre quatro a seis dias, sem interrupção. Em uma semana, 34 pessoas já haviam se juntado à dançarina e em menos de um mês havia mais de 400 pessoas dançando freneticamente nas ruas. A maioria dessas pessoas acabaram morrendo de exaustão ou por causas como ataques cardíacos e AVC.

E as “Imitoses do bem?”

Elas podem se tornas interessantes. A foto acima é um recorte do filme “A Corrente do Bem”, onde uma “onda de gentilezas”, começa a mudar a vida dos moradores de uma cidade, a partir da iniciativa de um menino.
Com a informação sendo veiculada com tanta velocidade e riqueza de detalhes, precisamos  estar atentos, para os nossos comportamentos, ideias e emoções  que seguem o fluxo da maioria, e o que verdadeiramente edifica e convém.
O fato é que devemos andar atentos. Vivemos hoje em todo mu do muitas ondas de imitose de ideias, posicionamentos, que podem comprometer em muito nossa vida futura individual e coletivamente.
Dev Swaran – Março de 2017
 (Psicóloga (Joelma Silva) – Atende em psicoterapia individual presencial em Belo Horizonte.  Realiza também mentoria online para questões de relacionamento, sexualidade, autoestima, resolução de conflitos, tecnologias para lidar com ansiedade, depressão e estresse, e outros temas existenciais como parte do projeto “Helper”. 
Com larga experiência, graças a sua vasta formação incluindo 9 especializações internacionais, tornou-se referência estratégias para saúde, bem estar e empoderamento feminino, solução de conflitos através de Constelações familiares, liderança; realiza grupos de desenvolvimento e treinamentos de alto impacto e palestras no Brasil e exterior. Seu treinamento mais conhecido é Ísis – A Mulher que Brilha).