Se você se interessou por este texto, talvez esteja vivendo  ansiedade e medo de não ter mais “tempo” de se tornar mãe.
Esta pode ser a sua dor, talvez a dor de alguma mulher próxima e amada, quero te dizer que há inúmeras possibilidades de lidar com isso. É o que tenho acompanhado orientando cetenas de mulheres que chegaram nos programas  Helper e Ísis da Florescer. Este  texto aponta para algumas, das várias questões envolvidas. Por hora importa que saibas que vida sempre nos oferece chances de viver em plenitude e que estamos aqui para apoiar você

O relógio biológico, virou um conceito de terror para muitas mulheres que chegam aos 30 sem vislumbrarem a possibilidade próxima de ter uma família, estarem com um parceiro também interessado em investir uma vida no projeto “filhos,” ou não se sente confiante para embarcar na aventura de um investimento solo, ser mãe sem a presença de um companheiro ao seu lado.

 

Sendo psicóloga e tendo priorizado em muitas situações em trabalhar com soluções para a dor das mulheres, vejo com frequência muitas que chegam com esta dor emergente, vivendo a ansiedade em relação à questão e uma pergunta que gira em loop na mente: “O que eu faço agora?”

Os homens são influenciados também de forma diferenciada pela dor das mulheres.  Há aqueles que fogem de relacionamentos com mulheres nesta faixa etária ou se tornam muito cautelosos, pois sentem-se desconfortáveis com a insistência de muitas e os jogos em que são envolvidos enquanto elas tentam resolver um problema, que não existe como questão para eles, afinal podem gerar filhos desde a puberdade até uma idade avançada, visto que os espermatozoides são renovados com frequência.

A educação da menina que começa com enfeites cor-de-rosa, bonecas e todo um condicionamento diferente para a vida doméstica, não poderia gerar uma situação diferente na vida adulta. É bem verdade que cada vez aumenta mais o número de mulheres que se reinventam, libertam-se de crenças distorcidas, fluem na vida com leveza e intensidade e percebem que existem abundantes possibilidades de realização além dos modelos ser mãe e ter uma “ linda família.”

Outro aspecto interessante a perceber é que tal dor é mais frequente em culturas onde a educação é negligenciada, a população tem acesso menor a cultura e ainda temos uma taxa de natalidade crescente. Olha só curioso, países como a  Eslovênia, Mônaco, França, Alemanha e muitos outros que tem uma taxa de natalidade negativa, não veem a maternidade como uma prioridade em suas vidas. Existem para elas muitos outros planos e conquistas a que se dirigem cheias de paixão e entusiasmo e que enchem suas vidas de brilho e ternura, mas se você cresceu e viveu uma vida até aqui sendo estimulada pela crença consciente ou não de que uma mulher não se sentirá plena e realizada sem a experiência da maternidade, saber o que acontece com as mulheres em outros países, talvez esteja gerando em você uma única coisa: IRRITAÇÃO! – “Pôxa eu quero ser mãe e que se dane o que fazem as mulheres em outros países.”

Escrevendo sobre isso agora, me visita o pensamento de uma amiga muito querida, que aqui tratarei como “Maria”. Ela é esse tipo de pessoa que celebra intensamente a vida, e desde a adolescência o lugar certo todos os anos de encontrar amigos era seu aniversário. Isso começou a mudar quando ela chegou aos 35. No bolo, começou a colocar uma interrogação ao invés de números e em nossas conversas mais reservadas, escutava ela falando sobre a possibilidade de congelar óvulos e os avanços da ciência trazendo certa tranquilidade para mulheres gestarem até os 40. Além disso é claro, qualquer homem que surgia em sua vida com o perfil de se tornar um bom parceiro para o projeto ser mãe, era estudado com muito cuidado, e ela fazia um alto investimento emocional a este respeito. Ela apesar de muito doce é um tipo de pessoa que não aceita muito opiniões de pessoas acerca de suas questões e respeito isso de forma muito carinhosa. Mas trabalhando nos jardins da Florescer, eu sabia muito bem a dimensão do desconforto que a visitava e na proibição de falar abertamente sobre o tema, comecei a convidá-la para programas que abriam seus olhos para este mundo fascinante que temos como morada.  Aos 39 ela parou de celebrar os aniversários… E hoje transformou o que era uma dor e medo por não viver a maternidade em uma vida cheia brilho.

Há também aquelas que não se dão conta de como sabotam relacionamentos legais por conta de percepções distorcidas, desconhecimento sobre a arte de relacionar e muito rapidamente estão em relacionamentos doces, amorosos, gestando, e garantindo que novas gerações povoem este mundão de meu Deus.

Relógio biológico. Um tema forte e fundamental para muitas mulheres.

Algo que para mim assustador, é saber que cerca de 60% das mulheres nunca sequer experimentaram um orgasmo, não se importam com isso, mas querem muito ser mães. Que sociedade louca é essa que castrou as mulheres de sentir o prazer todos os dias e as coloca assustadas, vulneráveis e frágeis se não puderem acalentar uma criança que dormiu em seu ventre? Será que as mulheres não se deram conta ainda de que sentir a vida através do corpo, e vibrar em prazer na intimidade sexual é um dos pontos que também favorece um bom vínculo? Me corta o coração ver “mulheres mortas para o prazer”, fingindo um gozo e  seguirem ansiosas, torcendo para que vida cresça e floresça em seus ventres. Descubra antes o prazer da sua feminilidade, este é um presente que a vida te deu! Os homens invejam as dimensões de prazer que podemos experimentar.

E há também, muitas fantasias sobre a maternidade cor-de-rosa. Parte das depressões pós-parto, surgem em função do choque com a visão fantasiosa que se tem da maternidade e tudo que a envolve. Quando estava no início da minha primeira gestação as pessoas me perguntavam:

– “Você quer menino ou menina? “

– Não importa!

– “O importante é que venha com saúde né”

E eu respondia:

– “O importante é que eu esteja pronta para como esta criança vier, tranquila ou não, saudável ou não, afinal nos relacionaremos por uma vida.”

Muitos se assustavam.  Muitos recriminavam a minha fala. Mas era a mais pura verdade. Trabalhei anos com famílias com crianças com as mais variadas deficiências e não me iludia que esta possibilidade pode visitar a qualquer um.

Você chegou até aqui neste texto?

Saiba que o escrevo por um sentimento de amor e cumplicidade com você e todas as mulheres. Se me permite um pouco mais do seu tempo, quero sugerir o cuidado com algumas questões:

  1. Se você está em um relacionamento com ‘a pessoa errada’ e está sofrendo as pressões do relógio biológico, reflita bastante antes de arriscar a maternidade com alguém com o qual não possa contar. Eu te digo o nível das cores que acompanho em função de famílias e relações disfuncionais é bem maior.
  2. Se você foi fazer os seus exames ginecológicos preventivos e a médica ou médico fez o discurso do terror e te deu um cartão de uma clínica que congela óvulos, saiba que infelizmente muitos profissionais ganham com estes encaminhamentos e aproveitam desta vulnerabilidade emocional como um negócio.
  3. Se estás em meio a estatística gigantesca e silenciosa de mulheres que não conhecem o prazer da sua sexualidade, ou vive na distorção que o prazer é algo que você deva oferecer ao seu parceiro ou parceira e não para você mesma, STOP! Você merece mudar esta situação.
  4. Se está sendo muito “atacada” por pessoas que fazem bullying, trazendo o tema a todo instante para você, saiba que renovar relacionamentos é algo muito saudável!
  5. Se não consegue ver a possibilidade de uma vida plena, sem o modelo de uma família feliz, busque esta inspiração em uma multidão de mulheres maravilhosas que perfumam o mundo com suas vidas encantadas.
  6. Nutrir, gerar, cuidar, fazer crescer… São dimensões do feminino em você. Toda mulher sente a plenitude da maternidade quando acorda este potencial que mora dentro e não tem um relógio biológico a regular. Eu te digo: Do meu ventre biológico nasceu uma criança, mas continuo a gestar, nutrir, cuidar, acolher e sinto neste momento um imenso carinho maternal por você que me lê. A maternidade é algo muito maior do que a experiência física.

7. Você pode encontrar em si mesma a força tanto para seguir nesta jornada de ser mãe e gerar pequenos, como se livrar de todos estes combos mentais que te fazem experimentar impotência a dor. Você pode fazer isso sozinha, mas se precisar de apoio e tecnologias que te auxiliem a atravessar crenças ou realizar sonhos, estamos aqui para te fazer Florescer.

Dev Swaran

 

Se você precisa de apoio para este momento de sua vida,  nós temos o Helper (estratégias individuais para encontrar a solução mais adequada para você) e os Programas Ísis e Kama.

Contato Whatsapp: (31) 98475-9172